Fazemos este festival com prazer, fazemos porque faz falta um espaço para acolher projectos que precisam existir, existir livremente, existir como foram idealizados.
Gostamos do detalhe, da proximidade, do microscópico e neste espaço próximo e intimista, quando se vê tudo de perto, é aqui que a mudança pode ser engendrada. No palco onde a beleza e o terror são maximizados, onde todas as emoções e sentimentos se elevam ao infinito, quando um trabalho artístico agita suas entranhas, deixa-te levar, aproveita, curte, diverte-te e desfruta.
À 7ª edição do FIS trazemos, uma vez mais, projectos com linguagens, premissas e cruzamentos artísticos, cujas características identitárias, explorações e prácticas são desenvolvidas no palco sob o formato de solo. Em “NU#03” estabelecemos um encontro entre espectadores e intérprete, como se nos sentássemos à volta de um fogueira para escutar e conversar. Em “INMUNDA”, espectáculo acompanhado por uma exposição, assistimos com tempo ao espaço íntimo d”o corpo é político” e de uma mulher sozinha na sua casa-de-banho. Através de clown e improvisação, em “Martha Coast Gim”, testemunhamos a criação de um “Gim” para a liberdade. “Rubble King”, através da dança, introduz um corpo que rastreia arquétipos. E Labaq entrega-nos um “afago pop” num concerto delicado e intimista.
Novembro é o mês da ocupação resistente e necessária do FIS e como sempre, habitamos o Cine-Teatro Garrett por inteiro.
Vem fazer parte!
Dídac Gilabert
Programador do FIS
Captura de imagem de Nuno Leites · Edição de Teresa Santos · Música de Dídac Gilabert